domingo, 13 de janeiro de 2008

São as " palavras de pórtico " do meu livro de Fernando Pessoa.

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: "Navegar é preciso; viver não é preciso."
Quero para mim o espírito [d]esta frase, tranformada a forma para casar com o que eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida ; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade: ainda que para isso tenha de perder como minha.
Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho na essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribiur para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.



Fernando Pessoa

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