segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Impulsiva
" Sou o que se chama de pessoa impulsiva.
Como descrever ?
Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu,
em vez de refletir sobre o que me veio,
ajo quase que imediatamente.
O resultado tem sido meio a meio:
às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham,
às vezes erro completamente,
o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos.
E até que ponto posso controlá-los.
Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente ?
Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta ?
E também tenho medo de tornar-me adulta demais:
eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto.
E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso.
Não sou madura bastante ainda.
Ou nunca serei. "
Clarisse Lispector
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Eu te amo... não diz tudo!
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,
Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,
Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.
Ser amado é ver que ele lembra de coisas que você contou dois anos atrás,
É ver como ele fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água. Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.
Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!
"Para conquistarmos algo na vida não é necessário, apenas, força ou talento; é preciso, acima de tudo, ter vivido um grande amor"
Arnaldo Jabor
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Erros
Sendo assim, componho erros e tenho muitos outros defeitos, além de ser humana e distraída.
O que não tolero, e este pode ser também um outro defeito meu, é o desafeto que podem ter pelo erro cometido, abandonar o erro ao esquecimento.
Sabe aquelas pessoas que simplesmente não se importam com o erro e não tentam evitá-lo ou corrigi-lo. Isso até me irrita.
Poxa, é uma questão de caráter mesmo e bom senso. Ainda mais quando se prejudica também uma outra pessoa. Pode até ser pior por isso.
Quando há outra pessoa envolvida é maldade se despreocupar.
Eu sou a favor do respeito entre pessoas. Entre as atitudes de cada um. Mas tem que existir algum bom sentimento flutuando por ali quando não se está sozinho. Tomara que a maturidade dos anos que virão me acrescente um pouco mais de tolerância, ou mais calma com esse tipo de coisa.
agosto/2009
quarta-feira, 29 de julho de 2009
A Matadeira
A matadeira vem chegando
No alto da favela
No balanço da justiça
Do seu criador
Salitre, pólvora,
Enxofre, chumbo
O banquete da terra
Teatro do céu
Diz aí quem vem lá,
O velho soldado
O que traz no seu peito ?
A vida e a morte
E o que traz na cabeça ?
A matadeira
E o que veio falar?
Fogo
"Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão exata do termo, caiu no dia cinco de outubro de 1897, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados".
Euclides da Cunha, Os Sertões.
* Canudos foi uma pequena aldeia no nordeste do Brasil, fundada pelo líder messiânico Antônio Conselheiro e massacrada por um poderoso exército até a morte do último de seus 30 mil habitantes, em 5 de outubro de 1897. O massacre de Canudos deu-se a partir de um canhão inglês, apelidado pelos sertanejos de "A MATADEIRA", que foi transportado por vinte juntas de boi, empurrada por cerca de dez soldados e acompanhado por cerca de cem soldados da infantaria e da cavalaria através do sertão para disparar um único tiro.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Meu romantismo ruim
Acho que é uma nostalgia do neo-romantismo dessa época.
Eu sou um belo exemplo de pessoa que vive na década errada. Eu não sou dessa época que vivo, esses anos 2000.
Tanto que desenvolvi esse romantismo estranho, uma mistura estranha de sensibilidade moderna com uma impaciência provinciana para o amor.
Eu sou uma difusão de demonstrações de sentimentos controversos. Com um jeito retrô e pós moderno de mostrar que ama. Mas ainda assim ser romântica.
Esses dias eu ando com uma pitada de emoção à mais. Tá bom, eu já tenho essa dose extra de emoção na minha personalidade, mas o que quero dizer é que eu estou com mais "detalhes" no amor.
Ai ai ai. :D
Feliz daquele que consegue se equilibrar nessa corda bamba das emoções.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Desenho
Explicando o desenho.. :D Eu não sou uma pessoa mandona.. hahaha. Eu só disse a Ju que queria que fôssemos ao zôo, mas Ramiro não queria ir. rsrs..
Arte: Juliana Rocha
domingo, 12 de julho de 2009
Estação da Luz

sexta-feira, 10 de julho de 2009
O caderno
Ouvi pela primeira vez quando "Louis" tocou ela pra mim no violão, uns 7 anos atrás. De cara já achei maravilhosa. Criei um filminho na minha cabeça e sem perceber viajei, meu espírito materno aflorou. Não sei se ele percebeu mas veio uma lágrima de carinho por esse pai na letra.
Eu pedi pra tocar ela de novo.
Segue a letra:
"Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco
Até o be-a-bá.
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha
Duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel...
Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas
Bimestrais, você vai ver
Serei, de você, confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel...
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel...
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer...
Só peço, à você
Um favor, se puder
Não me esqueça
Num canto qualquer... "
Toquinho
sexta-feira, 19 de junho de 2009
sábado, 30 de maio de 2009
ANÁLISE
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.
Fernando Pessoa
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Queda de braço
terça-feira, 5 de maio de 2009
Revisitando Clarice 2
sábado, 2 de maio de 2009
Revisitando Clarice
Como descrever?
Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente.
O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los.
Há um perigo! Se reflito demais, deixo de agir. E muitas vezes prova-se depois que eu deveria ter agido.
Estou num impasse.
Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta?
E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura.
Vou pensar no assunto.
E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei. ”
* Mas poderia ter sido eu quem escrevi, porque é a minha cara.
sábado, 25 de abril de 2009
Ser baiano
E uma alegria também.
Saudades da minha casa. Alegria por ela existir e por poder voltar.
Música sobre minha terra. Dá um play aqui embaixo pra continuar lendo...
Composição: Moraes Moreira
♫ "Ah! Imagina só que loucura essa mistura
Pesquisando pela web, achei coisas legais e engraçadas sobre a Bahia (e claro!) me identifiquei em muitos pontos... :D
domingo, 19 de abril de 2009
Desejo que você tenha a quem amar
Eu te desejo não parar tão cedo,
pois toda idade tem prazer e medo.
E com os que erram feio e bastante
que você consiga ser tolerante.
Quando você ficar triste
que seja por um dia e não o ano inteiro.
E que você descubra que rir é bom,
mas que rir de tudo é desespero.
Desejo que você tenha a quem amar.
... e quando estiver bem cansado
ainda exista amor pra recomeçar,
pra recomeçar.
Eu te desejo muitos amigos,
mas que em um você possa confiar.
E que tenha até inimigos
pra você não deixar de duvidar.
Quando você ficar triste
que seja por um dia e não o ano inteiro.
E que você descubra que rir é bom,
mas que rir de tudo é desespero .
Desejo que você tenha a quem amar...
Desejo que você ganhe dinheiro,
pois é preciso viver também.
E que você diga a ele pelo menos uma vez
quem é mesmo o dono de quem.
Desejo que você tenha a quem amar...
sábado, 18 de abril de 2009
Jackson Five
sábado, 11 de abril de 2009
Tempo
Tempo pra sentir, pra ouvir uma boa música, para emoções.
Tempo pra recordar pensamentos, pra rever fotos antigas, lembrar dos amigos e do quanto eles são importantes . Pensar em quanto nossa família é fundamental e insubstituível.
Agora que fiquei uns dias em casa, com mais tempo pra mim... Vi que o tempo é parte de nós e nos ilumina por dentro.
É bom pra se descobrir mais um pouco, e rebuscar quem somos nos mostra que somos felizes.
Tempo em casa é tão bom.
É bom para estudar. Com calma, silêncio. Que saudade desse tempo bom.
Esse tempo de paz.
É bom pra saúde o tempo, principalmente pra quem vive nessa loucura da vida urbana.
Encontrar-se só também é bom, de vez quando.
Parque da Aclimação ( Relato da minha fé )

Estive lá neste feriado de Páscoa e vi que colocaram água no lago, mas e daí ?
O lago me pareceu outro. Parecia um lago zumbi. Totalmente sem vida.
A água era suja e escurecida, ao invés de ser limpa e revitalizada, já que era renovada.
Não havia um peixinho nadando em sua superfície em busca de farelos de alimentos, como existia antes. Na verdade não consegui ver nenhum peixe mesmo, nem na região mais profunda.
O lago continuava morto.
Os gansos e patos que flutuavam por ali também não mais estavam.
Somente alguns pássaros e alguns pombos por lá. (Ah, pombo infeliz que direcionou sua necessidade fisiológica mais nojenta sobre mim, neste dia que estive por lá.)
Mas, segundo li numa reportagem, disseram que as aves só voltarão daqui a um ano, quando as obras de limpeza e retirada do limo na região do fundo do lago terminarem.
Enfim, boa sorte ao nosso parque.
Continuo acreditando que ele ainda será maior e mais bonito.
E mais vivo, principalmente.
* Pra quem quiser ler a reportagem:
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1054439-5605,00.html
domingo, 5 de abril de 2009
Legião
E tudo nas músicas fazia algum sentindo pra mim.
Questionamentos, utopias, sentimentalismo, evasão...
Sabia tocar no violão quase todas as músicas, com as cifras daquelas revistas de banca de jornal.
Bem típico de Juliana era a Legião.
Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso,
E ainda estou confuso ...
Só que agora é diferente:
Estou tão tranquilo,
E tão contente.
Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria,
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada p'ra ninguém !
Me fiz em mil pedaços,
P'ra você juntar ...
E queria sempre achar
Explicação p'ro que eu sentia,
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer,
Que mentir p'ra si mesmo
É sempre a pior mentira ...
Mas, não sou mais
Tão criança a ponto de saber
Tudo.
Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.
Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos.
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?
Me disseram que vocêestava chorando
E foi então que percebi
Como lhe quero tanto ...
Urban Legio
domingo, 29 de março de 2009
quarta-feira, 25 de março de 2009
sábado, 21 de março de 2009
Uma última palavra...
Tudo acabou como o mar que destrói o castelo de areia. Sim, uma criança inocente o construiu, com toda ingenuidade e pureza que possa existir, com amor e estima. Foi fazendo cada detalhe, e o mar em momento de fúria não se conteve em estragar tudo. Culpa-se o mar pela fúria, falta de compaixão ou a criança inocente que ainda constrói castelos de areia...Fácil encontrar culpado em meio aos dissabores da vida, difícil é assumir a culpa, é pedir perdão, é se colocar no lugar do outro. É com o coração apertado que decido não mais construir castelos na areia, estou crescendo e sei qual o final dele. Vou embora construir casas firmes, onde o lobo mal não derrube com assopros. Ficam guardados na memória todos os deliciosos momentos ao sol, quando sentava e me divertia na areia, e me sentia realizado com a nova criação. Fica também a frustração de em algum momento perder tudo aquilo que projetei com tanto esmero, alegria e confiança. É com muita dor no peito, que dou adeus ao sol, a areia, aos brinquedos e principalmente a você castelo, e a você mar. Você que também fazia parte do meu castelo a piscina que me refrescava, outrora me fazia bem outrora me fazia mal.Adultos não fazem mais castelinhos na areia. Poderias tu mar me considerar em algum momento...Poderias tu compartilhar da minha alegria, ou poderias tu sentir o desespero do meu coração ao ver as ruínas de minha obra de arte... Ou, ainda poderias tu compadeceste dos meus esforços. Bravo mar, gigante mar, genioso mar, contigo aprendi muitas lições, e vou levar seja lá onde for, seja lá onde estiver minhas próximas construções. Perigoso mar, ainda não conseguir desvendar seus mistérios, não entendo seus critérios, és vulgar, és de todos, és tolo, maior que tu és o universo. Ah, traiçoeiro mar, quem se aventura por suas águas belas e astutas ondas... Quem se enganará com sua calma no domingo de manha e surpreendido com sua revolta logo mais à noite... Quem confiará dormir em suas águas que a todos refrescam...Saibas mar, que ainda que à todos banhe, uma hora precisarás de conforto em um só lugar, precisarás desaguar, e chorar e confiar... e, só em um lugar poderás fazer isso, então sentirás falta do rio. Sim, aquele corpo d”água infinitamente menor que você, mas doce, que ameniza suas salgadas águas, aquele corpo menosprezado por sua grandeza, traído por seu egoísmo, e por sua insaciável vontade de ser por todos adorado, e amado e usado. Apago-te da minha vida, sem lembrar do refrigério de suas águas, sem o teu sal colado em meu corpo, sem o caldos que me destes de surpresa, sem os choros dos castelos derribados, descanse em outro leito mar.Despeço-me de ti, com sentimentos diversos, mas com esperanças...De ter aprendido na lição dos castelos de areia, e construir um novo amor em bases sólidas...
Jacques Manz
Para Viver Um Grande Amor
Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor. Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor. Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor. Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor. Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor. Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor. Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor. É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor... Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor? Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor. É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor. Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.
sábado, 14 de março de 2009
Lirinha
Parabólica
Dilatada
Estrada que dói
Encanto de flor
Labirinto
Espera de redes
Parece toda raiz
Só raiz
Quando não canta o trovão
Transfiguração
(Lira Paes)
Trecho da música do Cordel, Transfiguração
Não muito recente
São fofinhos e dançam muito !!
E o estilo, então ?
I've got sunshine
On a cloudy day
When it's cold outside
I've got the month of may
I guess you'll say
What can make me feel this way
My girl My girl My girl
Talking about my girl
I've got so much honey
The bees envy me
I've got a sweeter song
Than the birds in the trees
Well i guess you'll say
What can make me feel this way
My girl My girl My girl
Talking about my girl
I don't need no money
Fortune or fame
I've got all the riches baby
One man can clame
Well i guess you'll say
What can make me feel this way
My girl My girl My girl
Talking about my girl
Os Três Mal-Amados
O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
sexta-feira, 13 de março de 2009
domingo, 8 de março de 2009
Aversão a liberdade

quarta-feira, 4 de março de 2009
Postando
Que correria essa do cotidiano...
Eu que o diga!
Mas o mais legal de tudo é que eu estou fazendo aquilo que eu escolhi. Trabalhando agora com o que eu gosto, estudando o que eu gosto e me satisfazendo cada vez mais com esse meu novo e apaixonante dia a dia.
Tudo bem que está tudo apertado. Acordar, estagiar e depois assistir as aulas. Tá uma loucura.
Tem ainda todos os gastos das matérias que estão consumindo meu obscuro bolso. (Material caríssimo!! :P)
E ainda a vida pessoal.
Tudo exige muito de mim agora. Deus me dê força e resistência.
Espero pela recompensa futura, do prazer de continuar com mais "alívio" esse meu caminho.
Faço desse post a minha oração.
Amém!
Acho que vou sumir por algum tempo do blog.
Os motivos aqui estão esclarecidos.
Beijo grande!!
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Clarice
Apesar de, se deve comer.
Apesar de, se deve amar.
Apesar de, se deve morrer.
Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente.”
Clarice Lispector
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Parque da Aclimação (Relato da minha tristeza)

Hoje estive lá e vi pessoalmente o desastre ecológico que agora existe no parque da Aclimação.
Estou profundamente triste com a destruição daquela paisagem tão linda.
Cansei de fotografar ali.
Caminhar em volta do lago, pensar na vida olhando os cisnes e os peixes que flutuavam na superfície.
O lago é a vida do parque e agora está morto. Uma tragédia.
Nunca imaginei ver aquela cena em toda minha vida. Estou muito decepcionada com o que aconteceu. Era um lugar que me fazia bem em meio ao cinza dessa cidade.
Lá eu ia pra recuperar energias.
Pra estimular meus sentidos e desligar de todo esse barulho.
Torço muito pra que a cidade de São Paulo possa resolver este problema.
Torço muito pelo renascimento do parque.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Twilight

sábado, 21 de fevereiro de 2009
Decode
Perfeitos, os livros do filme e essa música!
P.S.: Eu adoro o carnaval, mas como não estou na Bahia, deixa pra lá, né.. rsrs Vamos ouvir o Paramore e já está muito bom.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Juli'Day !!! (2)
(Rodrigo Amarante)
Juli'Day !!!
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Sampa
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa
Pensando bem
E tudo mais é consequência. Claro que faço planos, traço metas e tenho um bilhão de sonhos.
Mas eu não paro para criar fórmulas para viver. Há lições que a gente aprende, erros nossos que não repetimos e até erros dos outros que eu não quero repetir.
Há verdades em que eu acredito e princípios que eu também revisito.
Eu penso na vida de uma forma clara e objetiva, e vou vivendo.
Procurando o meu melhor e os detalhes que me fazem bem, detalhes que me deixam sentir bons fluidos. Mais leve.
Isso que digo não são teorias, são minhas divagações.
Não tem nada de complicado em viver e eu só quero o mais simples.
Gosto do que é belo, sincero e simples.
Existem escolhas em nossas vidas. Há caminhos...
Mas eu estou só de passagem. Só passando. E vivendo.
Viverei dias melhores, sim.
Mas os meus dias de hoje já são maravilhosos, só por eu estar aqui os vivendo.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Improvável
Grupo Barbixas no espetáculo "Improvável".
Eles são demais!!!
Participação especial : Marco Luque e Rafinha Bastos
Poema
levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e
procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou consolo
Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim
De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás
Cazuza / Frejat
* Essa música descreve a minha transição.
" Uma coisa sua que ficou em mim. E que não tem fim. "
Fuga
senti a luz do sol inteiramente aquecendo
a superfície da minha pele,
o vento que vinha de encontro ao meu corpo e
toda a luz no azul do céu espalhada...
A água, pássaros, nuvens, árvores eram chacoalhadas em suas ramificações.
As folhas secas, algumas caíam tanto era a força da ventania que passeava por nós.
Senti que me perdia em meio à tanta beleza e calma que emitia esta paisagem natural.
Meus olhos adormeciam com a tranquilidade que rapidamente,
num momento de observação absorvi.
Mas em um instante, pensei comigo...
Será que estou errada em me deixar esvair com o vento que trançava por entre as folhas
e tudo mais de belo que atenciosamente busquei neste emaranhado de prédios, fumaça e viadutos ?
Será que cometo algum pecado por parar a cidade e tudo de comercial e pecuniário que há,
para contemplar gratuitamente um minuto sincero de prazer aos meus sentidos ?
Por um segundo pensei.
Mas logo os raios do sol e uma brisa suave me cobraram exclusiva atenção.
O vaso de porcelana
O Grande Mestre e o Guardião dividiam a administração de um mosteiro zen.
Certo dia, o Guardião morreu e foi preciso substituí-lo.
O Grande Mestre reuniu todos os discípulos para escolher quem teria a honra de trabalhar diretamente ao seu lado.
-Vou apresentar um problema – disse o Grande Mestre. E aquele que o resolver primeiro será o novo Guardião do templo.
Terminado o seu curtíssimo discurso, colocou um banquinho no centro da sala.
Em cima estava um vaso de porcelana caríssimo, com uma rosa vermelha a enfeitá-lo.
-Eis o problema – disse o Grande Mestre.
Os discípulos contemplavam, perplexos, o que viam: os desenhos sofisticados e raros da porcelana, a frescura e a elegância da flor.
O que representava aquilo?
O que fazer?
Qual seria o enigma?
Depois de alguns minutos, um dos discípulos levantou-se, olhou o mestre e os alunos à sua volta.
Depois, caminhou resolutamente até o vaso e atirou-o no chão, destruindo-o.
-Você é o novo Guardião – disse o Grande Mestre para o aluno.
Assim que ele voltou ao seu lugar, explicou:
-Eu fui bem claro: disse que vocês estavam diante de um problema.
Não importa quão belo e fascinante seja, um problema tem que ser eliminado.
“Um problema é um problema; pode ser um vaso de porcelana muito raro, um lindo amor que já não faz mais sentido, um caminho que precisa ser abandonado – mas que insistimos em percorre-lo porque nos traz conforto.”
“Só existe uma maneira de lidar com um problema: atacando-o de frente. Nessas horas, não se pode ter piedade, nem ser tentado pelo lado fascinante que qualquer conflito carrega consigo.”
* Bela lição.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Margarida
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Castro Alves
Que encerra as formas da mulher bonita.
Bem como a salamandra em chamas vive,
Entre perfumes a sultana habita.
Escrínio aveludado onde se guarda
— Colar de pedras — a beleza esquiva,
Espécie de crisálida, onde mora
A borboleta dos salões — a Diva.
Alma das flores — quando as flores morrem,
Os perfumes emigram para as belas,
Trocam lábios de virgens — por boninas,
Trocam lírios — por seios de donzelas!
E ali — silfos travessos, traiçoeiros
Voam cantando em lânguido compasso
Ocultos nesses cálices macios
Das covinhas de um rosto ou dum regaço.
Vós, que não entendeis a lenda oculta,
A linguagem mimosa dos aromas,
De Madalena a urna olhais apenas
Como um primor de orientais redomas;
E não vedes que ali na mirra e nardo
Vai toda a crença da Judia loura...
E que o óleo, que lava os pés do Cristo,
É uma reza também da pecadora.
Por mim eu sei que há confidências ternas,
Um poema saudoso, angustiado,
Se uma rosa de há muito emurchecida,
Rola acaso de um livro abandonado.
O espírito talvez dos tempos idos
Desperta ali como invisível nume...
E o poeta murmura suspirando:
"Bem me lembro... era este o seu perfume!"
E que segredo não revela acaso
De uma mulher a predileta essência?
Ora o cheiro é lascivo e provocante!
Ora casto, infantil, como a inocência!
Ora propala os sensuais anseios
D'alcova de Ninon ou Margarida,
Ora o mistério divinal do leito,
Onde sonha Cecília adormecida.
Aqui, na magnólia de Celuta
Lambe a solta madeixa, que se estira.
Unge o bronze do dorso da cabocla,
E o mármore do corpo da Hetaíra.
É que o perfume denuncia o espírito
Que sob as formas feminis palpita...
Pois como a salamandra em chamas vive,
Entre perfumes a mulher habita.
Castro Alves
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Motivação
faça alguma coisa!
Se não puder passar por cima,
passe por baixo,
passe através,
dê a volta,
vá pela direita,
vá pela esquerda.
Se não puder obter o material certo,
vá procurá-lo.
Se não puder encontrá-lo,
substitua-o.
Se não puder substituí-lo,
improvise.
Se não puder improvisar,
inove.
Mas, acima de tudo,
faça alguma coisa!
Há dois gêneros de pessoas
que nunca chegam a lugar nenhum:
as que não querem fazer nada
e as que só inventam desculpas...
Dr. Walter Doyle Staples
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
(♪)
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Baby
(por: Caetano Veloso)
Você precisa saber da piscina,
Da Margarina, da Carolina, da Gasolina
Você, precisa saber de mim
Baby, baby
Eu sei que é assim
Você precisa tomar um sorvete
Na lanchonete
Andar com a gente, me ver de perto
Ouvir, aquela canção do Roberto
Baby, baby há quanto tempo
Você precisa aprender inglês
Precisa aprender o que eu sei
E o que eu não sei mais e o que eu não sei mais
Não sei, comigo vai tudo azul
Contigo vai tudo em paz
Vivemos na melhor cidade
Da América do Sul
Você precisa
Não sei, leia na minha camisa
Baby, baby, I love you
** Só é perfeito quando é com você.
Tudo fica mais bonito e parece que o céu fica mais azul.
Ser o que penso ?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa! "
Trecho de "Tabacaria", do meu poeta de sempre.
Tanto que pensamos e ainda não sabemos quem somos, pra onde vamos...
Qual o significado da nossa existência ?
É, acho melhor eu ir dormir.
OK !
(Congresso
eu não fui nesse dia do congresso...
Nem queria ter ido mesmo...
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Revisitando Drummond
meu coração não é
maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem
nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto
de me contar.
Por isso me dispo,
por isso me grito,
por isso frequento
os jornais,
me exponho cruamente
nas livrarias.
C.D.A
Instrução
Toda diferença de instrução entre homens pode criar uma divisão entre uma massa dominada e uma elite dominante."
Anônimo
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Campanha
Nós ♥ Suri
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
ah...
vou consultar escarolas
prefiro escutar salsinhas...
Alice Ruiz
e Itamar Assumpção
Tendo a lua
aquela gravidade
aonde o homem flutua
merecia visita,
não de militares,
mas de bailarinos,
e de você e eu.
Herbert Viana
Amo essa música faz uns 6 anos, sempre gostei.
Principalmente esse trecho tão meigo.
Repetia várias e várias vezes...
Hoje perdi um pouco desse hábito de ouvir música e sonhar à toa.
Há tantas outras coisas na realidade agora. Contas, provas, almoço, compromissos, livros e tantas outras responsabilidades...
Ufa!
Mas ainda adoro essa música! =D
..
Vieste
Vieste na hora exata
Com ares de festa e luas de prata
Vieste com encantos, vieste
Com beijos silvestres colhidos prá mim
Vieste com a natureza
Com as mãos camponesas plantadas em mim
Vieste com a cara e a coragem
Com malas, viagens, prá dentro de mim
Meu amor
Vieste a hora e a tempo
Soltando meus barcos e velas ao vento
Vieste me dando alento
Me olhando por dentro, velando por mim
Vieste de olhos fechados num dia marcado
Sagrado prá mim
Vieste com a cara e a coragem
Com malas, viagens, prá dentro de mim
Canção pra minha filhinha.
(Calma gente, pra daqui uns 4 anos... rsrs)
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Medo
Pra mim medo é uma forma de preparação.
Do corpo adiantar-se para o que poderá acontecer. E a mente também.
Se sentir aflito, assustado, sem saber o que virá.
Sensação de fragilidade às vezes nos mostra o quanto temos força e o quanto
estamos naturalmente prontos para viver.
Sentir adrenalina intensificar-se pela corrente sanguínea, o coração acelerar.
Ah, o medo pode ser um aliado, pode ser também um jeito de se descobrir.
O temor está subentendido no verbo viver.
Ter medo de alguma coisa é humano, íntimo e inegável.
Eu quero mais é superá-lo!